segunda-feira, 17 de agosto de 2009

homérico mistério da lua

Escute o que te diz a lua
O seu redondo brilho lhe fala
A sua voz prateada não cala
Grita todo dia no céu, nua

Se tu puderes falar com ela
O que tu perguntarias ?
Que segredo descobririas ?
Que velocidade tua vida acelera ?

Eu falaria do saber da vida
De todos os seus naturais mistérios
Dos mais prazerosos deletérios
Da pessoa mais iludida

Talvez falasse do amor que padece
Nos corações de quem sofreu a dor
A trágica dor do amor
Que efemeramente o coração apodrece

Poderia falar dos beijos vazios
Dos filhos da liberdade
Que agem sem pudor ou maldade
Que suas vidas correm como rios

São esses, talvez, os machucados
Pela dor homérica que não se escolhe
Seu sentimento some, encolhe
Até o coração ser tratado e curado

Pediria pra ver meu futuro
Saber aonde esses fatos vão me levar
A sensação de livre, posso voar
Que semeia em mim, imaturo

A fé que me embriaga, embriaguez
A fé que julguei subjetiva
Agora me entorpece, mas me motiva
Me amedontra .. pode não ser minha vez

Mas pra lua não posso perguntar
E meus pensamentos são tão ilegais
Inundam minha mente .. largos temporais
E da lua, só me resta o luar.

Um comentário:

  1. Carol, lindinha...
    Vou sumir não...
    Estarei toda segunda, terça e quarta num cefet pertinho de você!!
    beijinho!
    M.

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